A clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, além dos casos não registrados, 92 milhões de novos casos são diagnosticados a cada ano. Se não for tratada adequadamente, esta doença pode danificar gravemente o aparelho reprodutor feminino e masculino. Isso a torna uma grande inimiga dos casais que desejam ter filhos. Mas, afinal, a clamídia causa infertilidade? A seguir, descubra todas as informações sobre esta doença silenciosa:
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A clamídia pode causar infertilidade?
Infelizmente sim. A ação da bactéria causadora de doenças Chlamydia trachomatis danifica a estrutura e prejudica as funções dos sistemas reprodutivos masculino e feminino. Resumindo: se não for tratada adequadamente, a clamídia causa infertilidade.
No caso das mulheres, a bactéria rompe a barreira protetora do colo do útero e se instala no órgão. De lá, atinge as membranas mucosas do útero e das trompas, destruindo sua função: o encaminhamento do ovo / embrião para o útero.
No endométrio, muitos estudos associam a Chlamydia a uma entidade chamada endometrite crônica, que prejudica a implantação / nidação embrionária. O resultado é a incapacidade de engravidar ou a ocorrência de gravidez ectópica — gravidez fora do útero.
No trato reprodutivo masculino, a clamídia pode causar inflamação e obstrução dos epidídimos / vasos deferentes, responsáveis pela coleta e transporte de espermatozoides dos testículos para a vesícula seminal e depois para a próstata. Por esse motivo, a clamídia é uma das principais causas da infertilidade masculina.
Clamídia sintomas

O período de incubação da clamídia é de aproximadamente 15 dias, fase em que é possível o contágio.
A infecção pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, eles são semelhantes em ambos os sexos:
- Dor ou ardor ao urinar;
- Aumento do número de micções;
- Presença de secreção fluida;
- As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos do período menstrual e dor no baixo ventre.
Exame para clamídia
Os sinais e sintomas da clamídia podem ser isolados e pouco aparentes, o que dificulta o diagnóstico precoce. Em geral, as pessoas vão ao médico quando surgem complicações. O exame de urina, secreção uretral e material obtido por esfregaço da uretra (nas mulheres, também o material coletado do colo do útero) e o exame para detecção de anticorpos anticlamídia (IgM) são extremamente importantes.
Clamídia tratamento
Não existe vacina contra a clamídia. A única maneira de prevenir a propagação de bactérias é usar preservativos para sexo seguro.
Confirmado o diagnóstico, o tratamento consiste no uso antibióticos específicos (como azitromicina, doxiciclina, eritromicina, minociclina) e deve incluir o/a parceiro/a para evitar a reinfecção. Recomenda-se interromper a relação sexual durante este período.
Qual é a melhor forma de prevenção?
- Pratique sexo seguro;
- Consulte o seu médico assim que notar quaisquer sintomas que possam sugerir uma doença sexualmente transmissível. Clamídia e gonorreia são infecções que, com frequência, estão associadas;
- Evite o contato sexual com múltiplos parceiros;
- Siga as instruções do seu médico cuidadosamente sobre a duração do tratamento e as dosagens.
Como engravidar após tratar a doença?
As complicações causadas pela clamídia não significam o fim da esperança para quem deseja ter filhos, com a criação e o aprimoramento de técnicas de reprodução assistida, levaram à evolução contínua da medicina reprodutiva.
Entre os métodos existentes, um dos mais eficazes é a fertilização in vitro. Durante esse processo, os gametas são conectados a uma incubadora que simula o ambiente do útero. Em seguida, forma-se o embrião, que é transferido para o útero materno, onde a gravidez ocorre normalmente.
De qualquer forma, como podemos ver, a clamídia é uma doença perigosa. A sua forma de atuar sem apresentar os principais sintomas e os efeitos negativos da sua ação no aparelho reprodutor podem levar à infertilidade. Por isso, deve ser evitado, combatido e tratado adequadamente.